domingo, 17 de fevereiro de 2013

Caçadora bipolar

Ela saiu de casa determinada a ser feliz.
Não queria mais se sentir confusa. Queria ter certezas.
Não queria mais deixar ser comandada pelos outros. Ela guiaria seu próprio caminho.

Ela inventou que gostava de uma pessoa. Que desinventasse.
Afinal, será que era realmente um gostar do outro ou da situação?
Era essa a questão que mais tomou conta de sua vida!

Como ela gostava de inventar histórias e amores.
Todos falavam: escreva um livro ao invés de inventar histórias para a sua própria vida.

Ela mesma começava a relação. Ela mesma brigava. E, claro, ela mesma terminava e sofria.
Mas não era um sofrimento por se manter distante daquela pessoa. Mas uma tristeza por não ter mais uma relação, que poderia ser com qualquer um. 

Coitados, e todos aqueles homens que passaram por sua vida acharam realmente que ela fora um dia apaixonada por eles. 
De certo, ela gostou muito, divertiu-se e gozou de modo intenso.
Mas olhando agora, com um certo distanciamento das "vítimas", ela viveu intensamente mas de modo fugaz. 
Seu instinto era de caçadora, quando a presa estava na mão, ou melhos, nos braços, ela queria sempre a próxima para recomeçar seu jogo.
Contudo, de vez em quando ela se perdia na brincadeira e virava caça. 
Era aí seu grande erro, pois perdia sua essência e virava uma típica mulherzinha, se achando apaixonada, que o outro é a última bolacha do pacote e que só é possível respirar se for ao seu lado.

Uma mulher com alma masculina e bipolar? 
Pode ser, mas foi dessa maneira que ela conseguiu caminhar até aqui.

Não que seja isso algum trunfo, de certo ela precisa fazer alguns ajustes. 
Achar um equilíbrio e ser menos caçadora, mas sem se deixar virar marionete de um outro alguém.
Porém, nunca deixar de ser ela mesma: uma mulher determinada e sabe o que deseja.

Este foi um post da Gostosa.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Fechadas para balanço!

   Para nós brasileiros, o ano só começa após o carnaval, e assim também estamos fazendo com os sentimentos. O Carnaval foi a data limite para resolver as velhas questões de 2012, e depois da folia, cá estamos nós arrumando a casa, fazendo liquidação de tudo que está fora de moda, em nossas vidas. É o nosso momento de ver onde ganhamos e onde perdemos, nosso momento de ver que rumos vamos tomar; estar fechada para balanço é isso, dar um tempo do mundo e dar um tempo para si mesma.
  Nessas reflexões de vida encontrei algumas questões muito boas, descobri que estar comigo mesma é um prazer indescritível, fazer o que eu tenho vontade, olhar o mundo pelos meus próprios olhos e escolher quem eu quero comigo e quando eu quero. Um independencia absurda, fruto de maturidade e reflexão. Crescer, nem está doendo mais tanto assim. Quantos prazeres tenho tirado da vida...
  Estar fechada para balanço, não é estar fechada para a vida, é dar um tempo para vida nos seduzir, e vou dizer, a vida esta me seduzindo absurdamente bem. Quanto prazer estou sentindo nela, a cerveja esta refrescando mais, o chocolate mais doce, a salada parece bacon... isso é sentir-se bem consigo mesma. Para sentir tudo isso, todos os sabores, todos os aromas, é preciso estar firme de quem você é, e essa experiencia é individual, aquelas coisas que ninguém pode fazer por você.
   Não, não é solidão. É se dedicar ao prazer de se conhecer e para isso é bom estar só, mas sem ser solitário. Isso permite que se construam relações mais saudáveis, onde não exista dependencia do outro para ser feliz. Felicidade é individual, não está no outro. Feche-se para balanço, estude suas planilhas de sentimentos, veja onde ganhou e onde perdeu, corrija as trajetórias erradas. Se de o direito de ser observador do mundo, ame a vida, sem que o amor te adoeça.
  Acredito que depois disso, eu faça um saldão, e com certeza vou dividir com vocês os lucros, pois o que se leva dessa vida são as coisas boas, as experiencias positivas, a amizade, e o amor, todo amor dessa vida, de amantes, amigos, irmãos...
  To fechada para balanço, mas aberta para a felicidade.

                                                                                      Esse foi um post da Miséria Pouca é Bobagem.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

O Carnaval...Ah o Carnaval!


  O Carnaval sempre rende excelentes histórias, coisas divertidas, inusitadas e excelentes romances. Formam-se casais de piratas, marinheiros, muertos mexicanos, tanta criatividade... mas as melhores histórias são as de verdade. Como esse ano estou fechada para balanço ( depois postarei este causo) fiquei de voyeur da vida, observando, escutando tudo a minha volta.
  Pessoas que terminaram o namoro só por conta do carnaval, outras que acreditavam encontrar seu grande amor na folia, outras que estavam em um relacionamento sério COM o carnaval. Muita alegria, muita folia, mas as pessoas continuam as mesmas, com seus sentimentos, com suas angustias, que ficam apenas anestesiadas pela euforia.
  Vi muita gente pulando e gritando as músicas de amor, que nutrem o samba, colocando para fora, exorcizando mesmo suas dores, como se aquilo tudo fosse uma tremenda terapia de grupo. Uma amiga minha dizia que as melhores músicas eram as em que ela podia gritar  "Filho da Puta", com muita raiva!
   Mas o que eu notei, todo o tempo, era que o amor, ou os amores estavam ali, todo o tempo, imperando na folia. Tanto beijo na boca, tantos olhares e falas adocicadas, e ao mesmo tempo as cantadas mais peculiares... os amores de carnaval, uns de um dia, uma tarde, um único beijo, outros de toda a folia, uma eternidade de três dias.
  Ali estava o amor, desafiando a nossa força de vontade de ser maior que ele, impiedoso, espreitando entre uma máscara e um chapéu, entre uma lata de cerveja e um sacole de caipirinha, entre um batom vermelho e um nariz de palhaço, presente, e quando o corpo cedia ao cansaço de todo um dia de folia, dava  o bote e trazia as lembranças das incertezas de um pirata que roubou um coração ou de uma bruxa que enfeitiçou os pensamentos.
  Quando os sentimentos explodem é como se a força de toda a bateria de uma escola de samba, tomasse conta da gente. E as dores doem, no mesmo ritmo frenético que os quadris da passista, com a mesma força das cores da fantasia do palhaço, atravessando o samba e detonando com a harmonia da escola. E onde ficam as forças para resistir a isso? Provavelmente em mais dias de folia...
  Mas o Amor é bem vindo, com carnaval, sem carnaval, porque ele pulsa, e por isso combina tanto com a folia...

                                                                                  Esse foi um post da Miséria  Pouca é Bobagem