Não queria mais se sentir confusa. Queria ter certezas.
Não queria mais deixar ser comandada pelos outros. Ela guiaria seu próprio caminho.
Ela inventou que gostava de uma pessoa. Que desinventasse.
Afinal, será que era realmente um gostar do outro ou da situação?
Era essa a questão que mais tomou conta de sua vida!
Como ela gostava de inventar histórias e amores.
Todos falavam: escreva um livro ao invés de inventar histórias para a sua própria vida.
Ela mesma começava a relação. Ela mesma brigava. E, claro, ela mesma terminava e sofria.
Mas não era um sofrimento por se manter distante daquela pessoa. Mas uma tristeza por não ter mais uma relação, que poderia ser com qualquer um.
Coitados, e todos aqueles homens que passaram por sua vida acharam realmente que ela fora um dia apaixonada por eles.
De certo, ela gostou muito, divertiu-se e gozou de modo intenso.
Mas olhando agora, com um certo distanciamento das "vítimas", ela viveu intensamente mas de modo fugaz.
Seu instinto era de caçadora, quando a presa estava na mão, ou melhos, nos braços, ela queria sempre a próxima para recomeçar seu jogo.
Contudo, de vez em quando ela se perdia na brincadeira e virava caça.
Era aí seu grande erro, pois perdia sua essência e virava uma típica mulherzinha, se achando apaixonada, que o outro é a última bolacha do pacote e que só é possível respirar se for ao seu lado.
Uma mulher com alma masculina e bipolar?
Pode ser, mas foi dessa maneira que ela conseguiu caminhar até aqui.
Não que seja isso algum trunfo, de certo ela precisa fazer alguns ajustes.
Achar um equilíbrio e ser menos caçadora, mas sem se deixar virar marionete de um outro alguém.
Porém, nunca deixar de ser ela mesma: uma mulher determinada e sabe o que deseja.
Este foi um post da Gostosa.
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