quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

O Carnaval...Ah o Carnaval!


  O Carnaval sempre rende excelentes histórias, coisas divertidas, inusitadas e excelentes romances. Formam-se casais de piratas, marinheiros, muertos mexicanos, tanta criatividade... mas as melhores histórias são as de verdade. Como esse ano estou fechada para balanço ( depois postarei este causo) fiquei de voyeur da vida, observando, escutando tudo a minha volta.
  Pessoas que terminaram o namoro só por conta do carnaval, outras que acreditavam encontrar seu grande amor na folia, outras que estavam em um relacionamento sério COM o carnaval. Muita alegria, muita folia, mas as pessoas continuam as mesmas, com seus sentimentos, com suas angustias, que ficam apenas anestesiadas pela euforia.
  Vi muita gente pulando e gritando as músicas de amor, que nutrem o samba, colocando para fora, exorcizando mesmo suas dores, como se aquilo tudo fosse uma tremenda terapia de grupo. Uma amiga minha dizia que as melhores músicas eram as em que ela podia gritar  "Filho da Puta", com muita raiva!
   Mas o que eu notei, todo o tempo, era que o amor, ou os amores estavam ali, todo o tempo, imperando na folia. Tanto beijo na boca, tantos olhares e falas adocicadas, e ao mesmo tempo as cantadas mais peculiares... os amores de carnaval, uns de um dia, uma tarde, um único beijo, outros de toda a folia, uma eternidade de três dias.
  Ali estava o amor, desafiando a nossa força de vontade de ser maior que ele, impiedoso, espreitando entre uma máscara e um chapéu, entre uma lata de cerveja e um sacole de caipirinha, entre um batom vermelho e um nariz de palhaço, presente, e quando o corpo cedia ao cansaço de todo um dia de folia, dava  o bote e trazia as lembranças das incertezas de um pirata que roubou um coração ou de uma bruxa que enfeitiçou os pensamentos.
  Quando os sentimentos explodem é como se a força de toda a bateria de uma escola de samba, tomasse conta da gente. E as dores doem, no mesmo ritmo frenético que os quadris da passista, com a mesma força das cores da fantasia do palhaço, atravessando o samba e detonando com a harmonia da escola. E onde ficam as forças para resistir a isso? Provavelmente em mais dias de folia...
  Mas o Amor é bem vindo, com carnaval, sem carnaval, porque ele pulsa, e por isso combina tanto com a folia...

                                                                                  Esse foi um post da Miséria  Pouca é Bobagem

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